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terça-feira, 17 de julho de 2012

Hoje Estarás Comigo no Paraíso!



Os defensores da idéia, de que as pessoas recebem a recompensa logo após haverem expirado, citam, quase sempre, as palavras de Cristo na cruz ao ladrão arrependido.


Em Lucas 23 :42 o ladrão roga a Jesus o seguinte: “Senhor, lembra-te de mim, quando vieres no Teu reino”.

O verso 43 traz a resposta de Cristo: “Em verdade te digo hoje, que serás comigo no Paraíso”. Tradução Trinitária.

Para a nossa melhor compreensão, apresentaremos o texto em grego, como se encontra no Códice Vaticano, cópia da Bíblia em grego do 4º século, estando entre as duas mais antigas existentes.

Em letras minúsculas gregas, com as palavras separadas, aparece assim no Novo Testamento Grego:

kai eipen auto, Amen soi lego, semeron met”emu ese
en to paradeiso.

A cópia do Códice Vaticano nos comprova que nos Manuscritos primitivos unciais não havia separação das palavras e nenhum sinal de pontuação.

Em português seria assim:

EMVERDADETEDlGOHOJEESTARÁSCOMGONOPARAÍSO.

A conhecida e muito útil obra “História, Doutrina e Interpretação da Bíblia”, do autor batista Joseph Angus, traduzida para o português por J. Santos Figueiredo, no Volume 1, pág. 38 nos informa o seguinte a respeito da pontuação na Bíblia:

“No oitavo século foram introduzidos outros sinais de pontuação. No nono foram introduzidos o ponto de interrogação e a vírgula”.

O livro “Arte de Pontuar”, de Alexandre Passos, página 22 nos afirma que estudando a história da pontuação através dos séculos, vemos que no V ou VI séculos os textos dos Evangelhos não apresentam nem ponto nem vírgula. Afirma ainda, este mesmo autor, que a separação das palavras na Bíblia torna-se mais freqüente no VII século.

A ausência de pontuação deixa os tradutores na possibilidade de colocarem a pontuação de acordo com suas idéias preestabelecidas.

É evidente, que a mudança de pontuação, pode alterar totalmente o significado de uma frase, como nos comprovam as afirmações de Rui Barbosa na Réplica, vol. II, pág. 195:

“Bem é que saiba o nosso tempo quanto bastará, para falsificar uma escritura. Bastará mudar um nome? Bastará mudar uma cifra? Digo que muito menos nos basta. Não é necessário para falsificar uma escritura mudar nomes, nem palavras, nem cifras, nem ainda letras, basta mudar um ponto ou uma vírgula.

“Ressuscitou; não está aqui”. Com estas palavras diz o evangelista que Cristo ressuscitou, e com as mesmas se mudar a pontuação, pode dizer um herege que Cristo não ressuscitou. “Ressuscitou? Não; está aqui”.

De maneira que com trocar pontos e vírgulas, com as mesmas palavras se diz que Cristo ressuscitou: e é de fé; e com as mesmas se diz que Cristo não ressuscitou: e é de heresia. Vede quão arriscado ofício é o de uma pena na mão. Ofício que, com mudar um ponto, ou uma vírgula, de heresia pode fazer fé, e de fé pode fazer heresia”.

Apresentaremos a seguir algumas declarações do Comentário Adventista ao explicar Lucas 23:43:

“Como originalmente escrito, o grego estava sem pontuação, e o advérbio semeron – “hoje”, está colocado entre duas sentenças que literalmente afirmam: “em verdade a ti te digo” e “comigo estarás no paraíso”. O uso grego permitia que aparecesse um advérbio em qualquer lugar numa sentença onde o orador ou escritor o desejasse colocar.

“Unicamente baseado na construção grega da sentença em consideração é impossível determinar se o advérbio “hoje” modifica “digo” ou “estarás”. Existe qualquer uma das duas possibilidades. A questão é: Quis Jesus dizer, literalmente, “Verdadeiramente eu te digo hoje”, ou “Hoje estarás comigo no paraíso”? A única maneira de conhecer o que Cristo queria indicar é descobrir respostas escriturísticas para algumas outras questões, tais como:

1ª) Foi Jesus ao paraíso no dia de Sua crucifixão?

2ª) O que ensinou Jesus concernente ao tempo em que os homens teriam a recompensa no paraíso?

Sabemos que Jesus não foi ao Paraíso no dia da crucifixão, pois ele mesmo declarou a Maria Madalena, três dias após a morte: “Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai…” (João 20:17).

Se Jesus não esteve no Paraíso naquele dia, é evidente que o ladrão também lá não esteve.

Uma leitura atenta de S. João 19:31-33 nos científica que o ladrão não morreu naquela sexta-feira:

“Então os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados. Os soldados foram e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro que com ele tinha sido crucificado: chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas”.

O estudioso J. B. Howell, em seu Comentário a São Mateus, pág. 500 declara:

“O crucificado permanecia pendurado na cruz até que, exausto pela dor, pelo enfraquecimento, pela fome e a sede, sobreviesse a morte. Duravam os padecimentos geralmente três dias, e, às vezes, sete.

2ª) O que ensinou Jesus concernente ao tempo em que os homens teriam a recompensa?

A Bíblia está repleta de claros exemplos mostrando que o galardão dos justos será apenas após a volta de Jesus.

Dentre as muitas passagens destaquemos estas quatro:

a) Apoc. 22:12 – “Eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.”

b) S. Mat. 16:27 – “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos e então retribuirá a cada um conforme as suas obras.”

c) I Pedro 5:4 – “Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.”

d) II Tim. 4: 8 – “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda.”

Há várias traduções da Bíblia que traduzem Lucas 23:42 da seguinte maneira: “Lembra-te de mim quando vieres no Teu reino.” Assim o verte: a Trinitária, Matos Soares, a King James Version e outras. Esta tradução está bem de acordo cem o original grego, pois o verbo que aparece é erkomai, que tanto pode ser traduzido por ir ou vir.

Arnaldo Christianini estudou bem este assunto em Subtilezas do Erro, páginas 221 a 224 e dele transcrevemos as seguintes afirmações:

“E no Apêndice Nº 173, o famoso Oxford Companion Bible, esclarece: A interpretação deste versículo depende inteiramente da pontuação, a qual se baseia toda na autoridade humana, pois os manuscritos gregos não tinham pontuação alguma até o nono século, e mesmo nessa época somente um bento no meio das linhas” separando cada palavra… A oração do malfeitor referia-se também àquela vinda e àquele Reino, e não a alguma coisa que acontecesse no dia em que aquelas palavras foram ditas.”

E conclui no final do mesmo Apêndice:

“E Jesus lhe disse: “Na verdade te digo hoje” ou neste dia quando, prestes a morrerem, este homem manifestou tão grande fé no Reino vindouro do Messias, no qual será Rei quando ocorrer a ressurreição – agora, sob tão solenes circunstâncias, te digo: serás comigo no Paraíso”.

“E a expressão “hoje” ligada ao verbo não é redundante, mas enfática. É encontradiça na Bíblia. Leiam-se, por exemplo, Deut. 30:19; Zac. 9:12; Atos 20:26, e outras passagens.

“A conclusão fatal é que S. Lucas 23:43 é um falso pilar em que se ergue a teoria da imortalidade inata no homem e seu imediato galardão post mortem”.

Subtilezas do Erro menciona ainda várias traduções que vertem Lucas 23:43 da seguinte maneira:

“E Jesus lhe disse: na verdade te digo hoje: estarás comigo no Paraíso.”

Estudemos melhor, a cada dia a Bíblia com muita oração para que possamos entender e praticá-la como Jesus deseja!


domingo, 8 de julho de 2012

Seita e Preconceito!!!!


Seita e Preconceito 


Por que alguns evangélicos consideram a Igreja Adventista do Sétimo Dia uma seita 
não cristã? 


Destacados eruditos evangélicos têm reconhecido a Igreja Adventista do Sétimo Dia como uma denominação genuinamente cristã. Podem ser mencionados, por exemplo, o presbiteriano Donald G. Barnhouse, o batista Walter R. Martin e o anglicano Geoffrey J. Paxton. Também o “Relatório das Conversações Bilaterais entre a Federação Mundial Luterana e a Igreja Adventista do Sétimo Dia”, ocorridas entre 1994 e 1998, sugere que os luteranos “não tratem a Igreja Adventista do Sétimo Dia como uma seita, mas como uma igreja livre e uma comunhão mundial cristã”. 

Mas, a despeito disso, evangélicos brasileiros de tendência fundamentalista continuam insistindo que os adventistas devem ser considerados uma “seita” herética e não cristã. 

O termo “seita” é geralmente um rótulo apologético e pejorativo, usado por líderes religiosos como um mecanismo de autodefesa, destinado a inibir as pessoas de se relacionarem com pretensos "hereges". Em relação aos adventistas, diferentes justificativas têm sido sugeridas para considerá-los como sectários. Uma das mais comuns é a alegação de que os adventistas advogam algumas doutrinas distintivas (como a observância do sábado, a inconsciência dos mortos, a destruição final dos ímpios, o juízo investigativo pré-advento) não compartilhadas pela maioria dos cristãos.

Por trás dessa alegação está a teoria de que uma doutrina, para ser verdadeira, deve ser aceita pelo consenso da maioria dos cristãos, especialmente dos evangélicos. Embora devamos respeitar a opinião de outros, pois “na multidão de conselheiros há segurança” (Pv 11:14; ver 15:22), nem sempre a maioria está correta. Mais importante do que um mero consenso doutrinário é certificarmo-nos de que as doutrinas que advogamos são realmente bíblicas. 

Toda vez que o consenso da maioria se opõe ao claro ensinamento bíblico, o cristão deve assumir a postura apostólica de que “antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5:29). 

Outra justificativa para considerar os adventistas como sectários, usada especialmente pelos evangélicos calvinistas, é o fato de os adventistas aceitarem uma manifestação moderna do dom profético na vida e obra de Ellen G. White. Os evangélicos calvinistas acreditam que o dom profético se extinguiu com a morte do apóstolo João, o último dos apóstolos. Por sua vez, os adventistas crêem que o dom profético foi concedido pelo Espírito Santo à igreja cristã, e não apenas aos apóstolos (ver Rm 12:6; 1Co 12:10, 28; Ef 4:11-14). O próprio apóstolo João orientou os cristãos a testarem os pretensos profetas, e não simplesmente rejeitá-los como se todos os demais fossem falsos (ver 1Jo 4:1). 

Assim, os adventistas aceitam Ellen White como uma profetisa verdadeira, embora não canônica. A simples alegação de que determinado grupo de professos cristãos deva ser considerado como sectário não significa muito, pois até mesmo os primeiros cristãos foram considerados pelos judeus como uma “seita” (At 24:14; 28:22). A questão básica não é tanto saber o que os apologetas modernos dizem, de forma preconceituosa, a respeito das “seitas”, mas o que diz a própria Bíblia sobre os ensinos desses grupos religiosos (ver Mt 7:21-23)

Em relação aos adventistas, o melhor seria consultar a sua mais importante e representativa exposição doutrinária, encontrada na obra Nisto Cremos: 27 Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1989), e analisar criticamente os seus ensinos à luz da Bíblia. À semelhança dos bereanos, devemos sempre examinar as Escrituras “para ver se as coisas” são realmente como as pessoas alegam ser (At 17:11). 

Então amigos, antes de concordarmos com algumas opiniões preconceituosas acerca da Igreja Adventista do Sétimo Dia, vamos realmente ver, à luz da Palavra de Deus, se o que pregam é bíblico ou não; somente ai poderemos tirar nossas conclusões.

Uma boa semana para todos os meus leitores!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O Concílio de Laodiceia -SEGUNDA MENSAGEM ANGÉLICA-PARTE 5!!!

O Concílio de Laodicéia -SEGUNDA MENSAGEM ANGÉLICA-PARTE 5




O Concílio de Laodicéia ocorrido em 364 d.C., discutira na ocasião sobre o dia de guarda que o cristianismo deveria seguir. Essa assembléia eclesiástica motivada em parte pela vigência do edito de Constantino(a)estabeleceu no cânon 29: "Os cristãos não devem judaizar e descansar no sábado, mas trabalhar neste dia; porém devem honrar especialmente o dia do Senhor, e, como cristãos, devem se possível, não realizar nenhum trabalho neste dia. Se, entretanto, forem encontrados judaizando sejam excomungados por Cristo."1 Analisando este cânon verifica-se que:


Em meio a crescente apostasia dentro do cristianismo houve cristãos que não se curvaram as falsas doutrinas e permaneceram leais aos ensinos bíblicos. Eles obedeciam integralmente aos Dez Mandamentos como Cristo lhes ensinara;

A obediência desses cristãos ao quarto mandamento, que apresenta o sábado (sétimo dia da semana) como o "dia do Senhor"(b), causou desconforto e promoveu a ira daqueles que decidiram considerar o domingo (primeiro dia da semana) como dia santo;

Esse cânon não objetivava, unicamente, substituir o verdadeiro dia de repouso instituído por Deus, pois determina também perseguição aqueles que seguissem com a observância sabática no sétimo dia.

Líderes religiosos envolvidos por falsas doutrinas apoiaram-se no decreto do imperador Constantino promulgado em 321 d.C. e, em outras leis dominicais estabelecidas em anos subsequentes, para redigir o cânone 29 do Concílio de Laodicéia e assim impor a substituição do dia de descanso semanal instituído por Deus (Êxodo 20:8-11). 

Adiante alguns comentários sobre estas questões:

"(...) domingo, diem solis, em conformidade com a expressão popular, era necessário para distinguir o dia na abordagem dos pagãos. Durante as eras iniciais da igreja nunca foi intitulado 'o sábado'; esta palavra está restrita ao sétimo dia da semana, o Sábado Judaico, que, como já dissemos, continuou a ser observado por vários séculos pelos convertidos ao cristianismo."2

"Embora quase todas as igrejas em todo o mundo celebrem os sagrados mistérios no sábado de cada semana, os cristãos de Alexandria e de Roma, em vista de alguma antiga tradição, cessaram de fazer isso."3 "O povo de Constantinopla e de outras cidades, congregam-se tanto no sábado como no dia imediato; costume esse que nunca é observado em Roma."4

"Os celtas tinham seus próprios concílios e decretavam suas próprias leis, independente de Roma. Os celtas usavam uma Bíblia latina diferente da Vulgata, e guardavam o sábado como dia de repouso, com serviços religiosos especiais no domingo."5

"É certo que o próprio Cristo, Seus apóstolos e os cristãos primitivos em um considerável espaço de tempo observaram constantemente o sábado do sétimo dia; os evangelistas e São Lucas em Atos sempre referem-se ao dia de sábado, delineando a sua solenidade pelos apóstolos e outros cristãos. (...) O sábado do sétimo dia foi solenizado por Cristo, pelos os apóstolos e pelos cristãos primitivos,até que a assembléia de Laodicéia de certa forma aboliu a sua observância. (...) O Concílio de Laodicéia, 364 d.C., estabeleceu primeiramente a observação do dia do Senhor [domingo], e proibiua guarda do sábado judaico sob anátema."6

"Pouco precisa ser dito sobre a mudança do sétimo para o primeiro dia da semana. Os primeiros discípulos conservavam ambos os dias: o Sábado para o descanso, o Domingo para o trabalho. A Igreja Cristã não realizou de forma oficial, mas gradual e quase inconscientemente, a transferência de um dia pelo o outro."7

"A oposição ao judaísmo introduziu o particular festival do domingo muito cedo, na verdade, no lugar do sábado. (...) A festa dominical como todas as outras festividades, sempre foi uma ordenança unicamente humana, e estava longe das cogitações dos apóstolos estabelecer a este respeito uma ordem divina; longe deles e da primitiva igreja apostólica transferir para o domingo as leis do sábado."8

"No intervalo entre os dias dos apóstolos e a conversão de Constantino, a comunidade cristã mudou seu aspecto. O bispo de Roma, um personagem desconhecido para os autores do Novo Testamento, nesse intervalo de tempo, finalmente conseguiu a primazia de todos os outros clérigos. Ritos ecerimônias, na qual Paulo nem Pedro nunca ouviram, foram usadas soradeiramente e silenciosamente, e, em seguida, firmadas como instituições divinas."9

"Da época dos apóstolos até o Concílio de Laodicéia, que ocorreu por volta do ano 364, a sagrada observância do sábado dos judeus persistiu, como pode ser comprovada por vários autores; de fato, apesar do decreto desse concílio em oposição à ela."10

Fatores como: a infiltração de ensinos pagãos no cristianismo; a criação do obscuro "festival da ressurreição"; o ódio de alguns cristãos pelos judeus; a lei civil decretada pelo edito de Constantino; e, a ânsia da Igreja de Roma em substituir o sábado pelo domingo, resultaram em caos quanto ao dia de descanso que deveria ser seguido no cristianismo. Esse impasse entre a guarda sabática e dominical ocasionou a observância de ambos os dias por muito tempo. É nesse ambiente conturbado que o Concílio de Laodicéia regulamenta o cânon 29.

A guarda do domingo como o "dia do Senhor" não é bíblica, e não era seguida pelos primeiros cristãos da Igreja Primitiva. Se a observância dominical fosse algo definido, fato estabelecido no cristianismo na época de Jesus e de Seus discípulos (como alguns sem base bíblica e histórica alegam) então, por que o Concílio de Laodicéia legislou proibindo o descanso sabático entre os cristãos em suas sessões no século IV? Para que invocar o sábado se ele fora cancelado na cruz e ninguém o observava? É inegável que o conclave traçou diretrizes a respeito do dia de guarda objetivando substituir o sétimo dia (descrito no quarto mandamento) pelo primeiro dia da semana.

Abrangência do Concílio de Laodicéia

Existe no meio protestante, àqueles que se esforçam para minimizar a autoridade do Concílio de Laodicéia argumentando: que ele se realizara no Oriente e não em Roma; que a cidade de Laodicéia era grega e não romana; que a Igreja de Roma não estava presente; que era concílio local, sem amplitude; entre outros pretextos esdrúxulos e inúteis. Na realidade essas pessoas não menosprezam somente os registros e as implicações do Concílio de Laodicéia, mas, qualquer fato histórico que prove a origem pagã da observância dominical.

A ocorrência de um concílio fora de Roma nada significa contra a sua autoridade porque, os primeiros concílios locais e gerais que estabeleceram as doutrinas e diretrizes eclesiásticas da Igreja Romana foram realizados na Turquia (Ásia Menor), tais como os: Concílios de Nicéia; Concílios de Constantinopla; Concílio de Éfeso e o Concílio de Calcedônia. Os demais ocorreram na Europa a partir do Concílio de Latrão (1123 d.C.); e, na cidade de Roma, somente os Concílios de Trento e do Vaticano. O fato da maioria dessas assembléias terem sido realizadas fora de Roma não enfraquece a autoridade de suas decisões para os fins que foram estabelecidas.

A afirmação de que o Concílio de Laodicéia foi local sem amplitude revela ignorância dos fatos, pois, todas as decisões tomadas em seus sessenta cânones, foram totalmente ratificadas e oficializadas pelo cânon 01 do Concílio (Geral) de Calcedônia,11 demonstrando a autoridade e a universalidade da assembléia laodiceana: "Os cânones até esta data publicados pelos santos pais em todos os sínodos terão validade."12

"Além de reforçar os cânones dos concílios anteriores da igreja, bem como as declarações de algunssínodos locais, o concílio [de Calcedônia] emitiu decretos disciplinares destinados a monges e clérigos e, declarou patriarcadas(c) Jerusalém e Constantinopla. O efeito global foi para dar à igreja um caráter institucional mais estável."13 "O concílio [de Laodicéia] foi composto por 32 bispos das províncias da Ásia e os resultados das decisões produziram 60 cânones que foram pronunciados como credos obrigatórios aos cristãos em todo o mundo pelo Concílio de Calcedônia em 451."14


Pode-se destacar ainda que, o Concílio de Laodicéia teve legitimidade em estabelecer quais livros pertenceriam a Bíblia, eliminando do seu catálogo os livros apócrifos.15 Na ocasião o livro do Apocalipse não foi aceito, porém, fora incluído posteriormente no Concílio de Cartago (ocorrido na África) em 397 d.C. Essas medidas de aplicação universal também foram confirmadas pelo Concílio Geral de Calcedônia.

Através desses dois concílios locais (Laodicéia e Cartago) realizados fora do território de Roma e com pequena representatividade da Igreja Romana é que, os protestantes (especialmente os que se contorcem para desmerecer as implicações e a universalidade do Concílio de Laodicéia), possuem hoje suas Bíblias em ordem com todos os livros inspirados e, excluídos os deuterocanônicos (apócrifos). Lembrando que, na contra-reforma, a Igreja de Roma voltou a utilizar os apócrifos com o intuito de combater o protestantismo.

Existe ainda um fato interessante vinculado a esses acontecimentos que ilustra a relação entre os poderes político e religioso da época e que, se repetirá nos eventos finais que antecedem a segunda vinda de Cristo(d): o imperador Justiniano I, após tomar conhecimento das ratificação de decisões eclesiásticas referentes aos cânones adotados pelos primeiros quatro concílios gerais, incorpora-os em sua Novela 131 (Nouellae 131), que era as normas constitucionais do império ou o código imperial com força de lei civil. E a infração contra essas normas era considerada crime contra o Estado.

Considerações Finais

É inevitável e irrefutável a conclusão de que a igreja apostatada foi a responsável pela mudança da observância sabática pela dominical. Essa alteração ocorreu gradualmente através de leis civis e eclesiásticas que surgiram sob a tutela da Igreja Romana e, como o livro de Daniel descreve, essa instituição religiosa cuidou em "mudar os tempos e a lei" (Daniel 7:25). E o fez com maestria, embora a longo prazo (cf Marcos 7:7-9).

Os catecismos romanos estão repletos de citações que reconhecem a autoridade da Igreja de Roma como responsável pela mudança do dia de repouso. O fato essencial é que tal mudança não tem aprovação das Escrituras Sagradas. Ao contrário, tem fundamento unicamente na tradição enraizada no paganismo. E não constitui regra de fé e prática. Deve, pois, ser rejeitada.

Texto baseado em: CHRISTIANINNI, A. B. (1981). Subtilezas do Erro, 2.ª ed., cap. 38, p. 241-246.
Vídeos relacionados: O Sétimo Dia - Programa 04; O Sétimo Dia - Programa 05
a. Acesse: A Guarda Dominical e o "deus Sol"
b. Acesse: "O dia do Senhor"
c. Sob jurisdição; subordinadas a Igreja Romana.
d. Acesse: Babilônia Denunciada - II
e. Acesse: Do Sábado para o Domingo
1. HEFELE, C. J. (1876). A History of the Councils of the Church: From the Original Documents, vol. II, Edinburg: T. & T. Clark, book VI, sec. 93, p. 316.
2. COLEMAN, L. (1852). Ancient Christianity, Philadelphia: Lippincott, Grambo & CO., chap. XXVI, sec. II, p. 529; (Lyman Coleman foi escritor, professor de idiomas (latim e grego) e pastor da Igreja Congregacional).
3. SOCRATES. Ecclesiastical History, book V, chap. XXII; (obra do historiador grego e cristão Sócrates, o Eclesiástico. Ela é composta por sete livros e discorre sobre os acontecimentos da Igreja de Roma entre 305-439 d.C.; abrangendo fatos políticos e eclesiásticos, tanto internos como externos). Too in: SCHAFF, P. Nicene and Post-Nicene Fathers: Socrates and Sozomenus Ecclesiastical Histories, series II, vol. II, p. 334.
4. SOZOMEN. Ecclesiastical History, book VII, chap. XIX; (esta obra foi elaborada pelo Salminius Hermias Sozomenus, Sozomen, e descreve a história da igreja baseada nas obras literárias de Sócrates, o Eclesiástico e de Eusebius, bispo de Cesarea). Too in: SCAFF, P. ob. cit., p. 874.
5. FLICK, A. C. (1964). The Rise of the Mediaeval Church and its Influence on the Civilisation of Western Europe from the First to the Thirteenth Century, New York: Ayer Publishing, chap. XII, p. 237. Too in: BELLESHEIM, A. (1887). History of the Catholic Church in Scotland, vol. I, p. 86.
6. PRYNNE, W. (1633). Dissertation on The Lord's Day, p. 33, 34, 44; (William Prynne foi advogado, escritor e membro da Igreja Presbiteriana). Too in: ANDREWS, J. N. (1862). History of the Sabbath and First Day of the Week, p. 265; UTTER, G. B. (1913). The Sabbath Recorder, vol. 74, American Sabbath Tract Society, p. 616a.
7. FARRAR, F. W. (1892). The Voice from Sinai: The Eternal Bases of the Moral Law, New York: Thomas Whittaker, p. 152; (Frederic William Farrar foi escritor e filósofo inglês; membro da Igreja Anglicana, fez parte do corpo eclesiástico da Abadia de Westminster e em 1883 foi nomeado arquidiácono).
8. NEANDER, A. (1843). The History of the Christian Religion and Church: During the Three First Centuries, Philadelphia: James M. Campbell & CO., p. 186a.
9. KILLEN, W. D. (1859). The Ancient Church, London: James Nisbet & CO., p. vi (Preface); (foi professor de História Eclasiástica e diretor da Faculdade Teológica Presbiteriana da Irlanda).
10. LEY, J. (1641). Sunday, a Sabbath: Preparative Discourse for Discussion of Sabbatary Doubts, London: Printed by R. Young for George Lathum, p. 163; (foi clérigo da Assembléia de Westminster, presidente do "Sion College" e reitor das universidades de Ashfield e Astbury).
11. Laodicea, Synod of. (1911). Encyclopædia Britannica, vol. XVI, England: Cambridge University Press, p. 189b.
12. HEFELE, C., J. (1883). A History of the Councils of the Church: From the Original Documents, vol. III, Edinburg: T. & T. Clark, book XI, sec. 200, p. 385.
13. Chalcedon, Council of. (2010). Encyclopædia Britannica. Chicago: Encyclopædia Britannica.
14. Laodicea, Council or Synod of. (1919). The Encyclopedia Americana, New York, Albany: J. B. Lyon Company, vol. XVI, p. 739b. Too in: Laodicea, Synod of. (1911). Encyclopædia Britannica, vol. XVI, England: Cambridge University Press, p. 189b.
15. PEREIRA, C. E. (1949). O Problema Religioso na América Latina: Estudo Dogmático Histórico, 2.ª ed., São Paulo, p. 78. Quoted in: CHRISTIANINNI, A. B. (1981). Subtilezas do Erro, 2.ª ed., p. 244.

Outras sugestões de estudos:

A Guarda Dominical e o "deus Sol" Do Sábado para o Domingo O Protestante e o Domingo.

Amigos prestem bem atenção nisso!! Vamos ser fiéis a Deus ou aos homens?
Decida-se logo, enquanto ainda temos tempo!!!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Lei de Deus em Romanos!


Olá amigos, quanto tempo não é? Quero pedir desculpas por ter ficado tanto tempo longe do meu blog. As minhas responsabilidades na emissora de rádio onde trabalho aumentaram e acabaram me tirando o tempo que tinha para postar aqui. Mas Deus nos concedeu graça para voltarmos a postar no blog. Hoje trago pra você um assunto que não deveria ser polêmico, pois está claro na Bíblia. Mas, infelizmente, muitas pessoas queridas e sinceras, são levadas a pensarem que o nosso Deus não tem uma Lei em vigor. Sabemos que quem nos salva é unicamente a Graça de Cristo, seu sacrifício na cruz do calvário. Mas não consigo entender uma "graça" que me torna desobediente, assim não pode ser graça e sim desgraça. Preste bem atenção, considere a leitura abaixo, busque na Palavra, leia os versos bíblicos e peça ajuda ao Espírito Santo de Deus para te levar a unicamente à verdade da Palavra.


A Lei de Deus aos Romanos



Romanos 4:15 e 5:13 - “Porque a Lei suscita a ira; mas onde não há Lei, também não há transgressão.” – “Porque até ao regime da Lei havia pecado, mas o pecado não é levado em conta quando não há Lei.”

Aqueles que pregam que, a Lei de Deus foi abolida, forçosamente também terão de crer que não existe pecado, e se assim é, todos são justos, e todos se salvarão, creiam ou não em Cristo, tenham ou não nascido de novo. Sim, porque Deus não pode condenar nem destruir aqueles que não pecaram. Aceitando-se que a Lei Moral foi abolida por Cristo, não há mais necessidade de fé e muito menos angustiar-se por causa da perdição eterna, em chamas crepitantes.

Romanos 7:6 - “Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.”

“Livres da Lei” - Por quê? Simples. Antes, porém, se você achar que esse “livre” é para fazer o que bem entende, isente Paulo primeiro. A transgressão da Lei é pecado (I João 3:4). Disso Paulo não deixa dúvidas. Diz ele: “…mas o pecado não é levado em conta quando não há Lei.” (Romanos 5:13). Guardando os mandamentos da Lei de Deus, não estaremos sob sua condenação, mas “estaremos livres” de sua penalidade. Não livres da Lei. Veja bem, o porque:

A Lei é espiritual. Paulo afirmou em Romanos 7:14. O homem carnal não é sujeito à Lei de Deus. O homem carnal transgride a Lei inopinadamente, porque é carnal. Este homem rouba e a Lei diz: “Não furtarás”. Quando porém este homem se converte, deixa de roubar; passa da esfera carnal para a espiritual, que é a própria esfera da Lei, e então ela deixa de acusá-lo de roubo. Todavia (não esperamos), se um dia esse homem voltar a roubar, novamente a Lei tornará a acusá-lo: “Não furtarás”… então, entende como a Lei não perde o valor quando o homem se converte? Ela simplesmente não terá domínio sobre ele, não o acusará por todo o tempo enquanto com ela viver em obediência, está pessoa estará “livre da lei”.

Romanos 7:7 - “Que diremos, pois? É a Lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão pela Lei; porque eu não conhecia a cobiça, se a Lei não dissesse: Não cobiçarás”.

Paulo chama uma lei de maldita (Gálatas 3:10); logicamente esta que menciona agora em Romanos 7:7, realçando surpreso: “De modo nenhum!”, não pode ser a mesma. Vamos então descobrir qual é ela. Na sua Bíblia, depois dos dois pontinhos que antecedem as palavras “não cobiçaras” (Romanos 7:7), há o número 8, “bem miudinho”. Vá ao rodapé da Bíblia (referência) e ela o conduzirá até Êxodo 20:17, que é a Lei Moral, o Decálogo. Nunca foi difícil mesmo em meio à profunda dialética paulina descobrir que ele exaltava a Lei Moral, mesmo porque, ensinava que, sem sua vigência atuante não poderia existir o pecado. O “pecado é a força da lei” ou seja: existe porque a lei o aponta e o revela.

Hoje, porém, há pessoas que chegam ao grande erro de dizer que a Lei Moral foi pregada na cruz, que estamos sob maldição e que adoramos um Deus morto (tudo isso já nos disseram, portanto é experiência própria). Mas, para Paulo não é assim, “de modo nenhum!”, enfatiza Paulo. Ele só se apercebeu da malignidade do pecado quando se espelhou na Lei de Deus. Diante dela, esta, o acusou de cobiça.

Por outro lado, quando Paulo era carnal (isto é, antes de sua conversão), cobiçava, matava (tinha carta de autorização para isso), praticava atos de judiaria com crentes, e sua consciência não lhe doía; participou da morte de Estevão e tudo era-lhe normal. Mas agora, Saulo é Paulo, o ímpio é cristão, o carnal é espiritual, e assim descobriu ele o verdadeiro valor da Lei, e no poder de Cristo a ela obedeceu enquanto teve fôlego de vida.

Mais três textos claros definem, se houver dúvidas, que a Lei é imprescindível na dispensação cristã para que possamos apresentar ao mundo que o pecado ainda impera, e, portanto, há necessidade do Salvador Jesus.

• Romanos 3:19 e 20: “… porque pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.”
• Romanos 4:15: “… mas onde não há lei, também não há transgressão.”
• Romanos 5:13: “… mas o pecado não é levado em conta não havendo lei.”

É bastante claro o ensino de Paulo. Ele não tem dúvida. A Lei permanece em vigor, enquanto existir pecado. Quando porém este chegar ao fim, a vigência da Lei cessa.

Romanos 7:8 - “Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a sorte de concupiscência; porque, sem Lei, está morto o pecado.“

O apóstolo Paulo descobriu e ensinou que não teria conhecido o pecado se não fosse a Lei (Romanos 7:7). Disse que o pecado não teria valor, estaria morto, se não existisse a Lei (Romanos 5:13). A Lei lhe revelou a hediondez do pecado; por isso afirmou: “… o pecado reviveu e eu morri.” (Romanos 7:9). Mas Paulo não permaneceu morto. Observando a Lei, o pecado desapareceu, ele reviveu para uma vida nova, e quem “morreu” agora foi o pecado, enquanto ele vivia em obediência, livre da penalidade da Lei.

Romanos 10:4 - “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”.

Este texto, se for lido com o espírito de quem certa ocasião o leu para nós, tentando provar que ele cancelava por completo a Lei Moral, que fora abolida na cruz, e que quem a observa é maldito, e outros “mitos”, certamente estará do lado do erro.

Se o termo “fim”, que é proveniente da palavra grega telos, empregado aqui neste texto, ter como querem, o sentido de “término”, “encerramento”, “abolição”, então o mesmo peso e a mesma medida terão que ser aplicados em I Pedro 1:9: “Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.” Ora o sentido é o mesmo, mas você jamais irá crer e aceitar o término, abolição e encerramento da fé do crente! Será que, assim, pode ele esperar a salvação de sua “alma”? A palavra “fim”, aqui empregada, tem o sentido de finalidade, objetivo, propósito. Os chefes e executivos podem auxiliar o seu entendimento, porque estão acostumados a redigir cartas neste teor; observe:

“Esta tem o fim (objetivo) de informar a V. Sas. que o carregamento de matéria-prima ficou retido no cais…”

Com o fim (propósito) de convidá-los para inauguração da nova sede, enviamo-lhes estes convites…”

Aliás, com este termo “fim”, não como término de alguma coisa, mas como objetivo, concordam os grandes teólogos cristãos, sinceros em sua religião, que não têm idéias preconcebidas.

Imagine você, se aceitarmos que este fim aí cancelou a Lei de Deus; todo o ensinamento que Paulo deixou sobre essa Lei, que está em vigor e que foram provadas com inúmeras Escrituras aqui estudada; será abolida. E sendo assim, deveremos também apoiar a macabra idéia de que chegou ao “fim” a obrigação de temer a Deus. Ouça o que diz o pregador: “De tudo o que se tem ouvido o fim é: teme a Deus e guarda os Seus Mandamentos…” (Eclesiastes 12:13). Só porque este fim está aí, iremos deixar de temer a Deus?

Romanos 14:5 - “Um faz diferença entre DIA e DIA, mas outro julga IGUAIS todos os DIAS…”

A Epístola aos Romanos além de ser um hino de exaltação à Lei Moral é também, por excelência, um doutrinal de justificação pela fé. E aqui, da mesma forma que se nota nas outras cartas paulinas, “os judaizantes” não lhe davam tréguas. No capítulo 14 desta Epístola, vemos suas garras sendo estendidas solertemente a fim de injetar a heresia da justificação pelas obras da Lei Cerimonial. Entretanto, abriremos os olhos para alcançar de forma clara o que Paulo diz neste capítulo para desanuviar a confusão gerada nos leitores atuais desta Epístola que pensam ter sido cancelado o sábado.

A pessoa sincera, que ainda não entendeu a santidade do quarto mandamento da Lei de Deus, pensa que neste texto Paulo o menospreza. Não, não é assim! O primeiro passo a dar para desvendar o assunto é descobrirmos de que DIA trata. Convém lembrar que este problema também ocorreu com os gálatas, e Paulo assim os repreendeu:

• “Guardais dias, e meses, e tempos, e ano s.” (Gálatas 4:10) – E também se deu com os crentes de Colossos:

• “Portanto, ninguém vos julgue… por causa dos dias de festa, ou da Lua Nova, ou dos sábados.” (Colossenses 2:16).

Especificamente, neste texto, Paulo extravasa o assunto de maneira muito clara e abrangente assegurando que a exigência dos judaizantes em todos os lugares onde se infiltrassem era mesma: guardar dias, meses, tempos, Luas Novas, que eram festivais sabáticos. Veja também em Guiados Para Vencer I: Comparando a Lei Moral e a Lei Cerimonial.

Portanto o – DIA e DIAS – de Romanos 14:5, é o próprio de Gálatas, e também o mesmo dos Colossenses, que não é outra coisa senão as festas judaicas que compunha a Lei Cerimonial. Estes festivais obedeciam a um calendário anual e quando chegavam, o DIA era considerado sábado e revestido de toda a santidade conferida ao sábado do sétimo dia da semana. Estas cerimônias foram exigidas antes da morte de Cristo porque eram sombras de Cristo (Colossenses 2:17). Vindo Ele, acabou. A insistência dos judaizantes ao reviver tais festas era a pura recusa às doutrinas Cristocêntricas apresentadas por Paulo.

Como se vê, em tudo isso nada há contra o Sábado do sétimo dia da semana, que, como um mandamento da santa Lei de Deus, permanece como sinal entre Jeová e os Seus obedientes filhos (Ezequiel 20:20). Ainda que o Sábado tenha emprestado seu nome aos festivais cerimoniais nada tem a ver com eles. Lamentavelmente, o sábado semanal permanece hoje como o grande mandamento esquecido.

• Por ocasião destes incidentes, todos guardavam o sábado (Atos 15:21).

O próprio Paulo o guardou em todas as suas viagens e estabelecimento de igrejas. Os apóstolos e discípulos guardavam o sábado. [Mateus 28:1; Marcos 15:42; Marcos 16:1; Lucas 23:54 a 56; Atos 13:14 e 27; Atos 13:42 e 44; Atos 17:2; Atos 18:1 a 4]. Paulo escreveu a Epístola aos Romanos no ano 58 d.C.

Jesus antes de morrer (31 d.C.) advertiu aos discípulos que não transgredissem o Sábado (Mateus 24:20), quando da destruição de Jerusalém, pelos romanos, que se daria em 70 d.C. (Portanto, 12 anos depois que Paulo escreveu aos romanos, o Sábado era guardado pelos discípulos solicitados por Cristo). Daí a conclusão coerente de que Paulo está se referindo aos DIAS (sábados cerimoniais) e nunca ao Sábado semanal, no capítulo 14 de Romanos.

• Tito 3:9 - “Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates sobre a lei, porque são coisas inúteis e vãs.”

• I Timóteo 1:4 - “Nem se dêem a fábulas, ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificações de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora”.

Paulo sempre encontrou acérrimos judaizantes em seu caminho, preocupados em promover debates acerca do ritualismo e fábulas judaicas. Estes dois textos dizem bem a preocupação do apóstolo em preservar seu rebanho da escravidão enfadonha da Lei Cerimonial que tais contendores desejavam acirradamente colocar em uso, em todos os lugares.

Quanto à lei aí focada, você não deve confundir com a Lei de Deus cujos mandamentos são cunho moral. Efetivamente: não matar – não roubar – não adulterar – não ter outros deuses, não são futilidades, muitos menos coisas vãs, certo?

Com essa postagem queremos mostrar que o que foi escrito na Palavra é a mais pura VERDADE que muitas vezes jogamos por terra. Que nos preocupemos com o que pregamos e procuremos fazer a vontade de Deus e não a nossa!

Por Rosane Maske.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Heróis Modernos!


Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra corajosa de seu testemunho. Eles não amaram a si mesmos e se dispuseram a morrer por Cristo. Apocalipse 12:11, The Message

Uma das histórias mais impressionantes de 2006 foi a incrível façanha de Mark Inglis, que escalou o Monte Everest com pernas artificiais. Inglis, instrutor de alpinismo, foi apanhado por uma forte nevasca no Monte Cook na Nova Zelândia em 1982. Forçado a abrigar-se numa caverna de gelo por duas semanas, sofreu frio intenso e ambas as pernas tiveram que ser amputadas logo abaixo do joelho.

Mas Inglis não ficou sentado se lamentando por seu infortúnio. Em vez de sentir pena de si mesmo, voltou a estudar e se tornou bioquímico e pesquisador. Além disso, continuou praticando alpinismo e, em 2002, voltou a subir o Monte Cook com pernas artificiais. Mas foi em maio de 2006 que conquistou o impossível: o topo do Monte Everest!

Admiro Mark Inglis. Ele é um herói moderno. Admiro todos aqueles que superam os infortúnios da vida, que se recusam a desistir, cuja determinação e coragem os mantêm prosseguindo até realizarem aquilo que outros chamam de impossível.

A Bíblia é o livro dos heróis. Os homens e mulheres cuja vida ilumina as páginas desse livro sagrado – Moisés e Davi, Ester e Débora, Pedro e Paulo – fizeram coisas maravilhosas. Eram corajosos tanto em pensamento quanto em ação. Em seu dicionário não existia a palavra “impossível”, pois Deus estava com eles, motivando-os, inspirando-os, concedendo-lhes poder. Eles continuaram até alcançar o topo que Deus havia designado.

Em pé no primeiro lugar da fila, acima de todos os outros, encontra-se o Líder. Jesus é o maior herói da Bíblia. “Por nunca ter perdido de vista para onde estava indo – o final feliz com Deus – Ele pôde suportar tudo ao longo do caminho: a cruz, a vergonha, qualquer coisa” (Hb 12:2, The Message).

Deus está em busca de heróis modernos. Em busca de jovens que, inspirados pelo sonho divino, façam coisas maravilhosas para a glória de Seu nome e para o bem da humanidade. Sim, atos heroicos que superam até mesmo a conquista do Everest.

Muitas pessoas sonham em se tornar heróis. Mas os heróis de Deus não amam a si mesmos; amam a Jesus, o Cordeiro cujo sangue os libertou para uma nova vida e um novo propósito.

Um ótimo dia para todos!

domingo, 4 de março de 2012

A Lei Cerimonial!!!


Olá amigos estou aqui de volta a escrever em meu blog. Fiquei algum tempo sem postar por falta de tempo. Mas ao pensar em voltar a postar pensei que deveria colocar aqui um assunto de controvérsia universal tão fácil de entender e de respeitar, mais que algumas pessoas teimam em se distanciar dessa verdade clara e absoluta da Palavra de Deus. Agora pergunto: Por quê? Não há nada, nem um verso bíblico que comprove outra coisa a não ser a veracidade desses fatos que postarei abaixo. Vamos falar hoje sobre a distinção entre LEI CERIMONIAL E LEI MORAL DE DEUS. Gente quanta luta em aceitar algo tão claro e cristalino da Bíblia e não há argumentação contra a verdade. Quando estava congregando em outras religiões que respeito muito pude ver a distinção clara. Basta analisar com calma e muito cuidado, buscando a ajuda do Espírito Santo que vamos entender essa verdade absoluta e clara.


A lei cerimonial é diferente da lei moral. A lei moral refere-se aos dez mandamentos, escritos em duas tábuas de pedra pelo próprio Deus, e é uma lei eterna e imutável. Jesus ensinou claramente que a santa lei de Deus não muda, conforme Mateus 5:17 e 18, e muitos outros textos, e conforme o estudo Nº 11 desta série.

1) No que consistia a lei cerimonial? As leis cerimoniais consistiam em ordenanças e sacrifícios de animais, que representavam Cristo e o Seu sacrifício.

2) Desde que tempo já era conhecido o sistema de sacrifícios e outras ordenanças que apontava para Jesus?


“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.” Hebreus 12:4. Ver Gên. 4:3-5, Gen. 8:20 e Jó 1:4 e 5. Desde após o pecado Deus já providenciou o sistema de sacrifício que apontava para o sacrifício de Cristo.

3) Quando a lei cerimonial foi organizada?  Foi organizada quando o povo de Israel estava a jornadear no deserto, foi praticada no tabernáculo com Moisés, e seguida no templo, e durou até a morte de Jesus.

“E me farão um santuário, e habitarei no meio deles.” Êxodo 25:8

“E chamou o Senhor a Moisés, e falou com ele da tenda da congregação, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao Senhor, oferecerá a sua oferta de gado, isto é, de gado  e de ovelha.” Lev. 1:1 e 2

“Esta é a lei do holocausto, da oferta de alimentos, e da expiação do pecado, e da expiação da culpa, e da oferta das consagrações, e do sacrifício pacífico, que o Senhor ordenou a Moisés no monte Sinai, no dia em que ordenou aos filhos de Israel que oferecessem as suas ofertas ao Senhor, no deserto de Sinai.” Levítico 7:37 e 38. 

4) Quando terminaram as leis cerimoniais? Foi com a  morte de Jesus na cruz conforme os seguintes versos: 

“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” Colossenses 2:14

“Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz.” Efésios 2:15

“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.” Mateus 27.51.

Tanto é verdade que a lei cerimonial foi abolida; isto é, terminou com a morte de Cristo; que hoje não se vê mais pessoas sacrificando animais na religião judaica. Após a Morte de Jesus alguns judeus, de forma isolada e rara, ainda foram vistos realizando alguns sacrifícios, mas depois do ano 70 d.C,  já não se tem registros de sacrifícios de animais como adoração no meio Judeu. E ao surgir o Cristianismo, a religião surgiu da forma correta, adotando o verdadeiro Cordeiro ressuscitado, vivo e a interceder por nós no santuário celestial.

5) Quais são as diferenças entre a lei dos 10 mandamentos e a lei cerimonial?

a) A lei moral é chamada de lei real conforme Tiago 2:8; já a lei cerimonial  é chamada de “lei que consiste em ordenanças” Ver Efé. 2:15
b) A lei moral foi escrita por Deus em tábuas de pedra conforme Êxodo 24:12; já a lei cerimonial foi ditada por Moisés. Ver Levítico 1:1-3
c) A lei moral foi escrita pelo dedo de Deus conforme Êxodo 31:18, já a lei cerimonial foi escrita por Moisés em um livro. Ver II Cronicas 35:12
d) A lei moral foi posta dentro da arca conforme Êxodo 40:20 e I Reis 8:9 e Hebreus 9:4; já a lei cerimonial foi posta ao lado da arca. Ver Deut. 31: 24-26
e) A lei moral “é perfeita” conforme Salmo 19:7; já a lei cerimonial “nada aperfeiçoou.” Ver Hebreus 7:19 e Heb. 9:9
f) A lei moral deverá “permanecer firme para todo o sempre” Conforme Romanos 3:31 e Salmo 111. 7 e 8; já a lei cerimonial terminou na cruz. Ver Col. 2:14
g) A lei moral não foi destruída por Cristo conforme Mateus 5:17, já a lei cerimonial foi abolida por Cristo. Ver Efésios 2:15
h) A lei moral devia ser engrandecida por Cristo conforme Isaías 42: 21, já a lei cerimonial foi tirada por Cristo. Ver Col. 2:14
i) A lei moral comunica conhecimento do pecado conforme Romanos 8:30 e 7:7; já a lei cerimonial foi instituída por causa do pecado.
j) A lei moral é espiritual conforme Romanos 7:14; já a lei cerimonial é carnal. Ver Heb. 7:16

6) Como entender e encontrar a diferença entre os “sábados cerimoniais”, conforme Colossenses 2:16 ; e o sábado do do 4º mandamento da lei de Deus, conforme Êxodo 20:8?

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados” Colossenses 2.16

“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.” Êxodo 20:8

SÁBADO SEMANAL - Analisando o sábado semanal, a Bíblia atribui a sua origem na criação e foi estabelecido no sétimo dia da semana quando Deus terminou Sua obra como Criador, estabelecendo-o como o Seu santo dia. Várias referências ao sábado semanal são encontradas tanto no Velho quanto no Novo Testamentos, e João chamava-o, também, de dia do Senhor. Ver Apoc. 1:10;  Isaías 58:13; Marcos 2:28.Deus declara que os sábados semanais são de Sua propriedade e classifica-os de os "Meus sábados" e "sábados do Senhor:
a) "Cada um respeitará a sua mãe e o seu pai e guardará os Meus sábados." Levítico 19:3
b) "Guardareis os Meus sábados e reverenciareis o Meu santuário." Levítico 19:30
c)"Aos eunucos que guardam os Meus sábados, escolhem aquilo que Me agrada e abraçam a Minha aliança..." Isaías 56:4-8
d) "Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles..." Ezequiel 20:12
e) "Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus." Êxodo 20:10; Deuteronômio 5:14; Êxodo 16:23

Outra referência a essa propriedade sabática é quando Cristo ao rebater as acusações dos fariseus de transgredir o quarto mandamento, disse: "assim o Filho do Homematé do sábado é Senhor" Marcos 2:28. O apóstolo Paulo, também, cita o descanso de Deus instituído na criação, no capítulo 4 da carta aos Hebreus: "Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: 'E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera... Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das Suas." Hebreus 4:4-11; Gênesis 2:1-3

SÁBADOS CERIMONIAIS – Em Colossenses 2.16 refere-se aos sábados cerimoniais.  
Quais eram os sábados cerimoniais praticados pelos israelitas?

Em Levítico capítulos 16 e 23, e Números capítulos 28 e 29, estão enumerados os vários dias de festa para os israelitas. Cada um desses dias festivos constituía uma santa convocação e era um dia de descanso, palavra que no hebraico é a mesma de sábado “Shabbat.” Contudo, eram dias móveis dentro da semana. Estes feriados eram os sábados de descanso, mas que podiam cair a qualquer dia da semana e quando coincidia de cair em um dia de sábado semanal, era chamado de sábado grande, por comemorar o sábado da festa e o semanal.

Eis a seguir os sete sábados cerimoniais e seus respectivos dias de celebração:

1.º Sábado Cerimonial - Páscoa - 14.º dia do primeiro mês.
2.º Sábado Cerimonial - Festa dos Pães Asmos - 21.º dia do primeiro mês.
3.º Sábado Cerimonial - Festa das Primícias - 6.º dia do terceiro mês.
4.º Sábado Cerimonial - Festa das Trombetas - 1.º dia do sétimo mês.
5.º Sábado Cerimonial - Dia da Expiação - 10.º dia do sétimo mês.
6.º Sábado Cerimonial - Festa dos Tabernáculos - 15.º dia do sétimo mês
7.º Sábado Cerimonial - Festa dos Tabernáculos - 22.º dia do sétimo mês.
Estes sábados aí estão associados a dias de festas e lua nova, que eram solenes festividades nacionais judaicas, ou feriados fixos. Ora o sábado do Decálogo não tem esta natureza. Não era festivo nem típico.
Em Colossenses 2:14-17, Paulo está falando das ordenanças cerimoniais do Antigo Testamento que cessaram com a morte de Cristo na cruz conforme o v. 14. O verso 17 descreve essas ordenanças como sombras de um corpo que é Cristo, e Hebreus 8:5 fala do próprio sacerdócio que as oficiava como figura e sombra das coisas celestiais. Qualificando esses sábados como sombras das coisas que haviam de vir nos versos 16-17, Paulo os distingue do sábado semanal, que é um memorial da criação.ver Gn 2:1-3; Êx 20:8-11; 31:16-17; Hb 4:4, 9-11, para identificá-los com os sábados anuais de Israel. Ver Lv 23:4-44, que prefiguravam a redenção em Cristo.
A declaração “ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados” Cl 2:16 é semelhante à de Oséias 2:11: “Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas de lua nova, os seus sábados e todas as suas solenidades.” As expressões “seus sábados” e “vossos sábados” em contraste com “Meus sábados” e o “sábado do Senhor” referem-se nas Escrituras geralmente ao ano sabático de descanso da terra. Ver Lev. 25:1-7; 26:34-35; 43; II Cr 36:21 ou às santas convocações anuais dos israelitas, também denominadas de sábados. Ver Lev. 23:27 e 32. Esses sábados cerimoniais cessaram com a morte de Cristo.Cl 2:14-17, enquanto o sábado semanal continua vigente durante a “nova aliança” . Ver Jr 31:31-33; Is 56:1-7; Hb 4:9-11.  
Com o surgimento do cristianismo, os cristãos sabiam muito bem que não precisavam mais obedecer as ordenanças que envolviam sacrifícios de animais e outras cerimónias, mas sabiam também que deviam continuar a obedecer aos 10 mandamentos da lei de Deus, dos quais o sábado semanal constitui o 4º mandamento.
DECLARAÇÕES DE ALGUNS TEÓLOGOS SOBRE COLOSSENSES 2:16:
Adam Clark, em seu autorizado comentário, assim interpreta Colossenses 2:16: "Não há aqui indicação de que o sábado fosse abolido, ou que sua obrigação moral fosse superada pelo estabelecimento do cristianismo. Demonstrei em outra parte que 'Lembra-te do dia do sábado para o santificar' - é um mandamento de obrigação perpétua, e nunca pode ser superado senão pela finalização do tempo."

JamiesonFausset, and Brown, estudiosos fundamentalistas, assim comentam Colossenses 2:16: "Sábados... referem-se ao dia da Expiação e festa dos Tabernáculos que chegaram ao fim com os cultos judaicos a que pertenciam (Levítico 23:32, 37 e 39). O sábado semanal repousa em base mais permanente, tendo sido instituído no Paraíso para comemorar o remate da Criação em seis dias. Levítico 23:38 expressamente distingue o 'sábado do Senhor' dos outros sábados."

Albert Barnes, em sua obra Notes on The New Testament, comenta Colossenses 2:16, textualmente: "Não há nenhuma evidência nessa passagem de que Paulo ensinasse que não havia mais obrigação de observar qualquer tempo sagrado, pois não há a mais leve razão para crer que ele quisesse ensinar que um dos Dez Mandamentos havia cessado de ser obrigatório à humanidade. Se ele tivesse escrito 'O sábado', no singular, então, certamente estaria claro que ele quisesse ensinar que aquele mandamento (o quarto) cessou de ser obrigatório, e que o sábado não mais devia ser observado. Mas o uso do termo no plural, e a sua conexão, mostram que o apóstolo tinha em vista o grande número de dias que eram observados pelos hebreus como festivais, como uma parte de sua lei Cerimonial e típica, e não a lei Moral, ou os Dez Mandamentos. Nenhuma parte da lei Moral - nenhum dos Dez Mandamentos - poderia ser referido como 'sombra das coisas futuras.' Estes mandamentos são, pela natureza da lei Moral, de obrigação perpétua e universal."

H. Strong: "Nem nosso Senhor nem Seus apóstolos ab-rogaram o sábado do Decálogo. A nova dispensação anulou as prescrições mosaicas relativas à maneira de guardar o sábado, mas continua reafirmando sua observância como de origem divina necessária à natureza humana. Nem tudo na lei mosaica foi abolido por Cristo... Cristo não cravou na cruz mandamentos do Decálogo." Esse testemunho fala por si: Os "sábados" de Colossenses 2:16 eram cerimoniais. Há estudiosos que alinham os sábados em sete, durante o ano judaico, e que no ano 30 de nossa eram assim se teriam seguido: 15 de Nisã (sexta-feira), 21 de Nisã (quinta-feira), 6 de Sivã (sábado), 1.º de Tishri (domingo), 10 de Tishri (terça-feira), 15 de Tishri e 22 de Tishri (domingo). De qualquer maneira, recaíam em dias diversos da semana. Deus descansou no sábado do sétimo dia, porém não fez o mesmo nos sábados anuais. Ao primeiro Deus chama "os Meus sábados" (Ezequiel 20:20); aos últimos, chama-os de "seus sábados" (Oséias 2:11; Isaías 1:13), etc. A própria Bíblia estabelece a distinção, como vimos.”.

Não há como contestar uma verdade tão clara da Bíblia como essa amigo, a única coisa que temos a fazer, sabedores de que foi Deus quem instituiu o Sábado, é aceitá-lo como Seu dia e o honrá-lo.

Que Deus nos abençoe

Luís Carlos Fonseca
Adaptado por: Amaury Júnior.

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